sexta-feira, 12 de agosto de 2011

NINGUÉM QUER ESMOLA, QUER OPORTUNIDADE E APOIO.




PROJETO JAÍBA - NORTE DE MINAS


Na década de 50 o governo federal destinou uma área de 200 hectares à Universidade de Viçosa, para que identificasse as atividades que poderiam ser ali praticadas.

Ao mesmo tempo, outra parte das terras foi entregue ao Instituto Nacional de Irrigação e Colonização (INIC), com o objetivo de desenvolver um projeto de colonização, beneficiando 200 famílias com lotes que variavam entre 25 e 30 hectares. Tais iniciativas visavam à transformação da base econômica local, ou seja, a passagem da prevalente agricultura de subsistência para uma agricultura comercial. Contudo, a falta de apoio governamental, no que respeita à infra-estrutura básica e ao financiamento, impossibilitou a concretização dessas intenções.

Novas medidas foram adotadas pelos governos na década de 60, com a assinatura de um convênio com o Bureau of Reclamation dos EUA. Reclamation –– se entende por “land reclamation project”, ou seja, projeto de recuperação de terras. Fundado em 1902, é o mais conceituado Bureau dos EUA, responsável pela construção de represas, usinas hidrelétricas e canais em 17 estados do oeste americano, incluindo as legendárias represas Hoover (Colorado) e Grand Coulee (Columbia). Hoje é a maior distribuidora de águas dos EUA, para mais de 31 milhões de pessoas; irriga mais de 1 milhão de hectares, que produzem 60% dos hortigranjeiros e 25% das frutas e grãos daquele país. Possui 58 hidrelétricas que produzem mais de 40 bilhões de kilowatts, colocando-o como 2° produtor de energia dos EUA.
Originou-se desse convênio o relatório Recolhimento dos Recursos Hidráulicos e de Solos da Bacia de São Francisco, que identificou uma área de 230.000 hectares na região denominada Mata do Jaíba, sugerindo que 100.000 hectares fossem destinados ao desenvolvimento da agricultura irrigada, e 130.000 a culturas de sequeiro (terras não irrigadas).

Posteriormente, grande parte das ações destinadas à promoção da agricultura irrigada na região foi transferida à Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco (CODEVASF), constituída em 1974 a partir da ação conjunta deste órgão com a Ruralminas, estabelecendo-se efetivamente como meta irrigar 100.000 hectares.


2 comentários:

Euler disse...

Participei efetivamente da construção das estradas do projeto Jaíba, através do convênio DER/Ruralminas.
Foi preciso muito trabalho e dedicação dos envolvidos na construção das estradas, devido aos obstáculos tais como: Mata densa. Animais predadores e peçonhentos. Mosquitos. Pistoleiros armados a mando dos fazendeiros.

Euler disse...

Participei efetivamente do projeto Jaíba, através do convênio entre DER/RURALMINAS, para a construção de estradas, que permitiriam o acesso à mata fechada e densa. Foram vários momentos difíceis, começando pelos pistoleiros armados a mando dos fazendeiros. Mosquitos transmissores de malária. Onças. Cobras. Quebra de equipamentos, além da dificuldade em manter o moral elevado do pessoal, em virtude do isolamento.