terça-feira, 10 de maio de 2011

GOLDA MEIR - UMA MULHER CORAJOSA



Essa matéria sobre Golda Meir, a primeira mulher a dirigir os destinos de uma nação como Israel, mostra que as mulheres estão aptas, tanto quanto os homens, para administrarem um País, ou um municipio, como o de João Pinheiro, bastando para isso formação acadêmica, ética, moral e coragem para trabalhar. Quem sabe em 2012 os partidos politicos de João Pinheiro lancem mulheres como candidatas a Prefeita de nossa cidade. Seria uma experiência interessante.

NOTA: o video acima mostra uma festa de casamento judeu em Israel.



Golda Meir foi a primeira e até agora única mulher na chefia de governo em Israel. Em fevereiro de 1969, aos 70 anos, já pensava em encerrar a carreira política, quando faleceu subitamente o então primeiro-ministro Levi Eshkol, sucessor de Ben Gurion. Golda Meir foi a terceira opção do bloco trabalhista, já que os dois primeiros candidatos não obtiveram clara maioria no Parlamento. Meir recebeu apenas 12 votos contrários no Knesset.
A larga coalizão de governo foi mantida. Apesar de nas eleições, alguns meses mais tarde, seu partido perder a maioria absoluta no Parlamento (56 de 120 mandatos), Meir continuou no poder.


O início da carreira política

Gold Meir, que era fumante inveterada e tinha sotaque norte-americano, nasceu em Kiev em 1898. Aos oito anos, migrou com os pais para os Estados Unidos. Estudou magistério e participou do movimento sionista. Em 1921, migrou com o marido, Morris Myerson, para a região palestina, então território britânico. Dois anos depois, mudaram-se para Tel Aviv, onde nasceram seus dois filhos.

Neste tempo, Golda Myerson iniciou a carreira política. Engajou-se no movimento sindical "Histadrut" e, como sua líder política negociou ativamente com os britânicos a permissão para mais judeus ocuparem a Palestina. A Grã-Bretanha estava diminuindo a cota de migrantes judeus, temendo reações dos árabes.Golda", como a princípio era conhecida em todo Israel, fez contatos com os vizinhos árabes para evitar a guerra iminente. Vestida de árabe, negociou com o rei Abdallah da Transjordânia para impedir um ataque a Israel, que estava se constituindo como Estado. Ela fracassou, mas sua determinação impressionou o mundo árabe.

Em maio de 1948, Golda participou da assinatura da proclamação de Israel e, logo na primeira equipe de governo, foi embaixadora israelense em Moscou. Paralelamente, Golda Meir ocupou uma cadeira no Knesset até 1974.

Em março de 1949, ela assumiu o Ministério do Trabalho e Segurança Social, e, de 1956 a 1966, foi ministra do Exterior. Logo no começo, teve que defender diante das Nações Unidas a ofensiva israelense contra o Egito. Outra tarefa árdua foram as negociações pela retirada israelense da Faixa de Gaza e da península de Sinai.

A unificação da esquerda

Em dezembro de 1965, aos 68 anos, Golda Meir renunciou ao ministério por razões de saúde, mas dois meses depois foi eleita secretária-geral do Partido Mapai, conseguindo unificar três partidos de esquerda e formar o Partido Trabalhista.
Três anos mais tarde, assumiu o cargo de primeira-ministra. Seu governo foi marcado pela Guerra dos Seis Dias, em 1967, entre Israel e a frente árabe, liderada pelo Egito, Jordânia e Síria. Neste período, Israel ocupou o setor oriental de Jerusalém, a Cisjordânia e as colinas de Golã, na Síria.
Em vez da paz, começou o terror da Organização para a Libertação da Palestina. A situação foi agravada em outubro de 1973, com a Guerra do Yom Kipur. A Síria e o Egito atacaram as posições israelenses para recuperar os territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias. O fracasso da estratégia israelense no começo desta segunda guerra e o aumento do isolamento internacional de Israel se refletiram na política interna.
As críticas crescentes ao governo e a grande perda de eleitores na votação em dezembro de 1973 levaram Golda Meir a decidir-se pela renúncia em abril de 1974. Ela faleceu de câncer a 8 de dezembro de 1978, em Jerusalém, aos 80 anos de idade.
 
Peter Philipp (rw)
 

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