segunda-feira, 18 de julho de 2011

OS BRAGAS DE ANDREQUICÉ 2

                                       Irmão Vicente e Lorena (filha)

Continuando a história de minha família, vou falar um pouco sobre meus pais, João Mozart e Dona Maria, de quem tenho muitas saudades. Na minha infância e adolescência pude curtir muito o carinho do meu pai. Uma pessoa maravilhosa, muito dinâmico e inteligente, ajudava a todos que lhe procuravam. Trabalhava muito, no armazém, na fazenda e na industria de torrefação de café. O café que distribuia por todos os cantos, levava o nome da familia, CAFÉ DU BRAGA, um orgulho para todos nós de João Pinheiro. Na construção de Brasília, meu pai foi um dos atores, ajudando no transporte de mercadorias e materiais com os caminhões que possuia.

Com 14 filhos para criar e estudar, se desdobrava para dar conta de tudo, apesar dos filhos mais velhos o ajudarem muito. Mas em cidade pequena todos tinham que sair para estudar fora, deixando-o sozinho com tantas atividades. Isso pode ter influido em seu precoce falecimento, com apenas 62 anos de idade.

Minha mãe, uma guerreira, conseguiu criar todos os filhos e se manter fiel ao meu pai por 16 anos após sua morte. Eu me lembro de cenas entre os dois até hoje como: quando ele chegava da roça no final da tarde, sentava-se e ela vinha e lhe tirava as botas e lhe fazia uma massagem nos pés, aquilo era lindo.

Meus onze irmãos, pois 02 já faleceram, são muito unidos, não perdendo o contato entre si até hoje, apesar de alguns morarem em cidades distantes. A maioria dos sobrinhos também estão sempre em contato conosco, principalmente hoje, que a internet nos propicia isso independente da distância em que nos encontramos.

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