Bacia do Rio São Francisco é nova fronteira de exploração de gás de petróleo em Minas Gerais.
OUTUBRO
21, 2012.
Região de Minas Gerais atrai investimentos de empresas, mas início da
exploração comercial ainda está distante.
A nova fronteira exploratória
terrestre de gás natural no País, forma como foi batizada a bacia sedimentar do
Rio São Francisco, deflagrou uma febre em busca do insumo em Minas Gerais.
A promessa de grandes reservas do
produto resultou em muitos investimentos em prospecções por empresas como Petra
Energia e Shell. Mas o início de produção nos lotes já sob concessão é apenas
uma expectativa, e companhias que exploram a área estimam que sejam necessários
mais dois ou três anos de pesquisas para se ter uma ideia precisa do volume das
reservas.
Apenas a Petra, proprietária da
concessão de 24 blocos exploratórios na área, previa investimentos de
aproximadamente R$ 970 milhões até o ano que vem para viabilizar a exploração
de gás na bacia. Dona da maior área de exploração terrestre de gás no País, a
empresa já perfurou ou está em fase de finalização de 14 poços na região e fez
levantamento sísmico de 20 mil quilômetros.
Apesar de encontrar indícios do
combustível, ainda não tem dados para estimar o tamanho das reservas. Segundo a
assessoria da companhia, o valor investido até o momento “apenas será conhecido
no final de 2012″ e a estimativa do volume de gás nos blocos “vai se dar apenas
após concluir a fase de avaliação, a partir de 2013″.
Atualmente, há 39 blocos sob
concessão e o mercado aguardava a realização de leilão de pelo menos outros
nove ainda em 2012. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP), porém, há planejamento para a realização de novo leilão
a princípio em maio de 2013.
A ANP informou que não tem
estimativas do potencial das reservas e que “os blocos a serem ofertados” no
leilão “ainda serão divulgados”.
Otimismo. Mesmo sem conhecimento
preciso do volume das reservas, no entanto, as empresas que investem na área
estão otimistas com as prospecções. Um dos trabalhos mais avançados é o do
consórcio Cebasf, operado pela Orteng Equipamentos e Sistemas, com participação
da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas (Codemig) – controlada pelo
governo mineiro -, da Delp Engenharia e da Imetame.
Em agosto, a ANP aprovou um Plano de
Avaliação de Descoberta apresentado pelo grupo, com vencimento em 2019, para
avaliação do potencial de uma reserva próxima a Morada Nova de Minas, na região
central do Estado, onde foi perfurado o primeiro poço da Bacia do São
Francisco.
De acordo com o diretor de Óleo e Gás
da Orteng, Frederico Macedo, a estimativa é de que o volume acumulado na
reserva possa chegar a 34 trilhões de pés cúbicos (TCF), equivalentes a 962,7
bilhões de metros cúbicos de gás.
Segundo Macedo, os testes de
viabilidade econômica devem ser feitos no início de 2013, quando a empresa
planeja perfurar “mais três ou quatro poços”. “Devemos iniciar a produção em
dois anos”, afirmou. A expectativa é de extração de até 8 milhões de metros
cúbicos diários de gás.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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