Brasil aparece em 69º em
ranking global de corrupção
5/12/2012
10:47
Por Redação, com ABr - de Brasília
Por Redação, com ABr - de Brasília
O Brasil
aparece em 69ª posição no ranking de corrupção
A
organização não governamental (ONG) Transparência Internacional (Tranparency
Internacional) divulgou nesta quarta-feira o estudo Percepções da Corrupção
Index 2012, no qual analisa a situação em 176 países. O Brasil aparece em 69ª
posição no ranking. Na América Latina, o país fica atrás apenas do Chile
e do Uruguai, que estão na 20ª posição. Compartilham o topo da lista, com menos
casos de corrupção, a Dinamarca, a Suécia e a Nova Zelândia.
As piores
posições no ranking da ONG são ocupadas pelo Afeganistão, pela Coreia do
Norte e pela Somália. Nas Américas e no Caribe, as posições mais negativas são
as do Haiti, em 165º lugar, e do Paraguai, em 150º.
Em nota,
a Transparência Internacional diz que os níveis de corrupção no mundo ainda são
elevados, assim como casos de “abuso de poder e relações sigilosas”. Para a
organização, é necessário intensificar as ações em busca da transparência de
dados e informações referentes aos órgãos públicos e sua atuação.
A
presidenta da Transparency Internacional, Huguette Labelle, defendeu a
integração de ações governamentais em busca do combate à corrupção além da
concessão de mais espaço para a sociedade participar dos debates. Segundo ela,
é fundamental estabelecer regras para o lobby e o financiamento para
campanhas políticas, além da definição de normas transparentes para a
contratação de serviços públicos.
Labelle
disse ainda que a intenção do estudo é incentivar os governos a tomar uma
decisão “mais dura contra o abuso de poder”. De acordo com ela, os casos
considerados mais graves estão no Oriente Médio e na África, pois, em geral, os
números indicam que houve uma estagnação e até retrocesso em algumas situações.
No caso
dos países que ocupam a primeira posição, destacando-se em relação aos demais,
como Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, a organização considera o esforço
público associado ao acesso aos sistemas de informação e à definição de regras
claras, que regem o comportamento dos que ocupam cargos públicos preponderante
para evitar casos de corrupção.
Nas piores
posições, nas quais estão Afeganistão, Coreia do Norte e Somália, a ONG diz que
faltam líderes responsáveis e instituições públicas eficientes. Também estão em
posições consideradas negativas alguns países da zona do euro (17 países que
adotam a moeda única), como Grécia, em 94ª posição, e Itália, em 72ª, regiões
que sofrem os impactos intensos da crise econômica internacional.
O diretor
da Transparência Internacional, Corbus de Swardt, disse que as principais
economias do mundo devem dar exemplo de lisura, verificando a atuação das
instituições públicas e cobrando responsabilidade dos gestores e líderes. “Isso
é crucial. As instituições têm um papel significativo na prevenção da
corrupção”, disse.
Os países
que estão em confrontos internos, como a Síria e o Egito, também aparecem entre
os apontados com graves problemas de corrupção. A Síria ocupa a posição de 144
e o Egito a de 118. O estudo completo está disponível no site da
Transparência Internacional
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