quarta-feira, 28 de setembro de 2011

DESCASO COM A SAUDE PUBLICA.

PA - Hospital Municipal de João Pinheiro 




O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vai ser ampliado em Minas Gerais, com prestação de socorro de forma regionalizada. A meta da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é criar núcleos nas cidades-pólo do estado, para que nenhum município fique sem assistência imediata a casos de emergência. Atualmente, apenas 15 cidades contam com o serviço. O projeto-piloto desse modelo foi elaborado durante dois anos e começa a ser testado em novembro, no Norte de Minas. A previsão é de que 86 cidades no entorno de Montes Claros, a 417 quilômetros da capital, estejam integradas no atendimento feito por 44 ambulâncias. O Ministério da Saúde também desenvolve Plano Nacional de Enfrentamento de Acidentes, com estratégias para atender desastres com muitas vítimas.

Na regionalização do Samu, está previsto o uso de helicópteros para transporte de vítimas de uma cidade a outra. O Ministério da Saúde também investiu na compra de 400 motos para agilizar o socorro. Nos próximos 60 dias, Belo Horizonte vai receber quatro motocicletas, que devem transportar profissionais de enfermagem munidos de equipamento de primeiros-socorros. “O período em que recebemos o maior número de chamadas coincide com o horário de pico do trânsito da capital. As motos podem chegar antes da ambulância, cortando congestionamentos, além de serem alternativa ao atendimento em locais de difícil acesso, como acidentes em trilhas”, afirma a gerente do Samu de Belo Horizonte, Carolina Trancoso de Almeida.

De acordo com o técnico da Coordenação Estadual do Samu da SES, Jahir Richard de Oliveira, a regionalização do socorro aos casos de emergência começa a ser feita em Montes Claros e depois será estendida às regiões do Triângulo Mineiro e Central, incluindo as cidades da região metropolitana. A SES dividiu Minas em 13 macrorregiões e pretende fazer a descentralização gradativamente. “O projeto começa a ser desenvolvido no Norte de Minas porque é uma região que tem grande extensão territorial – do tamanho do estado de Santa Catarina – e baixa densidade demográfica. Estudamos experiências similares que foram desenvolvidas na França e Itália para criar esse projeto, que já foi aprovado pelo Ministério da Saúde”, conta Jahir Richard.

A Portaria 2.048/02 do Ministério da Saúde, que define a criação do Samu, estabelece que cidades com 50 mil a 250 mil habitantes devem ter uma ambulância de suporte básico à vida. Em municípios maiores, o preconizado é que, para cada grupo de 450 mil a 550 mil moradores, deve haver uma ambulância de suporte avançado. Em Belo Horizonte, há quatro unidades desse tipo, que contam com médico intensivista (mini-UTI), além de 16 de suporte básico, com enfermeiros e motorista socorrista, e sete carros de apoio ao Samu. O Hospital João XXIII é a maior referência para o serviço, com assistência prestada a 450 pacientes por dia. Na terça-feira, entre vários atendimentos, os socorristas levaram ao HPS uma vítima de atropelamento em Contagem.

A capital já mantém convênio com Santa Luzia, na Grande BH, para atendimento aos pacientes da cidade, uma parceria que será estendida a Ribeirão das Neves. “É um exercício de regionalização, enquanto aguardamos a execução do projeto estadual”, conta a gerente do Samu de Belo Horizonte, Carolina Trancoso de Almeida. Além de BH, as cidades que contam com o serviço são Barbacena, Betim, Contagem, Governador Valadares, Ipatinga, Itabira, Juiz de Fora, Montes Claros, Ouro Preto, Patos de Minas, Poços de Caldas, Sete Lagoas e Uberaba.

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