quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

JOÃO PINHEIRO É DESTAQUE NA POSSE DE AÉCIO NEVES EM 2007.

MUDEMOS O NOSSO FUTURO EM OUTUBRO/2012

Em sua posse como Governador de Minas, dia 1º de janeiro de 2007, Aécio Neves citou 03 mineiros que se destacaram como homens públicos em nosso Estado. O primeiro foi Teófilo Otoni, que segundo ele foi um dos homens que enobrecem a nossa história. Em seguida citou nosso João Pinheiro, que se estivesse vivo, com certeza, estaria preocupado com o futuro da cidade que usa seu nome. Mas tenho fé que o povo saberá reverter essa situação em 07 de outubro próximo, elegendo alguém que possa recuperar tudo que perdemos nos últimos anos.
"O segundo e grande mineiro que desejo homenagear nesta cerimônia é o presidente João Pinheiro da Silva.
Como Teófilo Ottoni, João Pinheiro era descendente de italianos que se haviam fixado na Vila do Serro. Ao contrário de Ottoni, que nascera em família abastada, João Pinheiro era filho de modesto imigrante. Sua inteligência invulgar logo encontrou reconhecimento, e o rapaz, atraído bem cedo pelos ideais republicanos, pôde formar-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Militante ousado do movimento antimonárquico de Ouro Preto, Pinheiro formou, com Antonio Olinto e Cesário Alvim, o triunvirato que assumiu o governo provisório de Minas em novembro de 1889. Tendo presidido provisoriamente o Estado, em substituição a Cesário Alvim, que fora nomeado ministro da Justiça, João Pinheiro deixou o cargo por não transigir quanto à necessária autonomia dos governadores.
Foi constituinte e, terminado seu mandato, recolheu-se em Caeté, onde passou vários anos distanciado do primeiro plano da política, como vereador, prefeito e empresário, até que Francisco Salles, que chefiava o Governo de Minas, o convocasse, em 1904, para ocupar a cadeira senatorial que fora de Carlos Vaz de Mello.
Nos poucos meses em que atuou no parlamento nacional, Pinheiro assumiu a liderança de muitos de seus jovens pares, eleitos em todo o Brasil, criando sólida e promissora bancada interestadual.
Era o primeiro movimento contra a predominância de Pinheiro Machado na política nacional e teve a liderança de Minas.
O mesmo presidente Francisco Salles, diante de uma cisão no Partido Republicano, o convocou para ser o candidato de conciliação à sua própria sucessão. Foram apenas dois anos e 52 dias no Palácio da Liberdade, de 7 de setembro de 1906, a até sua morte, em 25 de outubro de 1908, marcados pela inteligência política e a ousadia econômica daquele jovem governador. O seu desaparecimento prematuro privou Minas de um imenso salto de desenvolvimento econômico, que só seria realizado mais de 40 anos depois. Como presidente de Minas – título dos governadores na República Velha – criou a Fazenda Modelo da Gameleira e abriu várias colônias agrícolas, apesar das críticas severas dos adversários.
Patrocinou a importação das primeiras máquinas agrícolas para o Estado, em um tempo em que a produção dependia de arados rudimentares e das enxadas produzidas nas forjas de Monlevade, meu caro presidente. João Pinheiro foi o primeiro dos governantes mineiros a associar a educação ao desenvolvimento. Há cem anos ele reclamava contra o abandono da escola primária. E propunha a preparação paralela dos jovens para o trabalho, sem prejuízo da educação formal. Ele acreditava sinceramente na inteligência e capacidade de trabalho do povo brasileiro. Seus sucessores foram também grandes mineiros, mas o povo teria que esperar que surgisse, em nossa história, outro homem alucinado pelo desenvolvimento: Juscelino Kubitschek.
Permito-me lembrar-lhes aqui o que disse do grande governador e presidente da República, na homenagem que os mineiros lhe prestaram, ao transferir para Diamantina, os festejos do último 21 de abril. Disse naquela ocasião: “Juscelino cumpriu, em Minas, a parcela que nos cabia do grande projeto de desenvolvimento de Vargas”. “Assim, fundamentou o seu programa na geração de energia e na abertura de estradas”. “Sem estradas para o escoamento dos produtos da terra e das manufaturas, não poderia haver crescimento econômico”.
“E era necessária a geração da melhor energia para a indústria, mediante usinas hidrelétricas, para que as fábricas funcionassem e os homens do campo pudessem dispor de conforto, e nele permanecer e produzir”.
Semanas depois da posse, Juscelino criou a Cemig."

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