Nesta semana, em que se comemora o
Dia Internacional da Mulher, a luta pela
igualdade de gênero estará mais presente do que nunca na 7a. Marcha a Brasília.
Em entrevista à Rádio Vermelho, a secretária da MulherTrabalhadora da
CTB, Raimunda Gomes, a Doquinha, fala sobre a mobilização das trabalhadoras,
que cobram da presidenta Dilma uma postura mais enérgica, intercedendo pela
aprovação de projetos de lei importantes para a mulher.
Cerca de 40 mil trabalhadores e
trabalhadoras participam, na quarta-feira, da 7ª Marcha a Brasília, às 9h. O
ato é promovido pelas centrais sindicais, entre elas a Central de Trabalhadores
e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O Fórum das Mulheres das Centrais Sindicais, o
qual a CTB é membro, foi quem coordenou a participação do movimento de mulheres
nos sindicatos para a marcha e tem como foco principal a igualdade de
oportunidades entre homens e mulheres.
- Com essa bandeira, o Fórum
deliberou que estaria marchando em Brasília, abrindo as comemorações do Março
Mulher, levando uma exigência na pauta , de que a presidenta Dilma e a bancada
feminina no Congresso consigam colocar em pauta neste mês todas as propostas
que tramitam na Câmara e no Senado e que interessam as mulheres, como o PL da
Igualdade – defende Doquinha.
Outros projetos importantes defendidos
pelas trabalhadoras é a regulamentação da licença maternidade de 180 dias, a
PEC 66 do trabalho doméstico, votada na Câmara e enviada ao Senado.
- O PL da Igualdade, o projeto 6653,
na próxima quinta-feira foi solicitado para ir à Plenário mas não teve uma
maioria política para sua votação. Já o projeto que está no Senado, o PL 130,
que também versa sobre a igualdade de gênero, foi votado e quando estava para
ser sancionado, no mesmo período de 2011, o senador Romero Jucá, que é da base
governista, pediu vistas. Agora, volta para as comissões e está apensado ao PL
136. Ou seja, começou tudo de novo. Esses projetos tinham caráter terminativo e
agora não, terá que ir à plenário – lamenta a dirigente sindical.
Doquinha lembrou que já estamos no
terceiro ano do governo Dilma Rousseff e que até agora nenhum projeto
significativo conseguiu aprovação. “Estamos no terceiro ano da presidenta Dilma
e não admitimos que ela encerre seu primeiro mandato, que a gente espera que
ela tenha mais um, sem ter colocado em votação e aprovado os projetos de grande
interesse das mulheres trabalhadoras do Brasil. Mesmo sabendo que já houve uma
significativa mudança em seu governo, onde muitas mulheres assumem cargos de
comando, mas para nós é importantíssimo que a mulher trabalhadoras, que está na
base, também sinta essas mudanças”, advertiu a secretária da Mulher
Trabalhadora da CTB.
Nesta edição da Marcha das Centrais,
as mulheres prometem ocupar seu espaço e fazer com que todos ouçam suas
reivindicações. “Estamos com visual próprio, destacando nossas pautas”, adianta
a secretária nacional da CTB, que aposta que 2013 será um ano decisivo para a
central: “Esse é um ano decisivo. O governo da presidenta Dilma é um governo de
disputa e quem está pautando mais o governo é o empresariado. Então, queremos
inverter essa lógica, fazer com que o governo mude seu olhar de investimento e
valorizar mais o trabalhador, do que as propostas do empresariado, que só vêm
no sentido de retirar direitos e desconstruir o que levamos décadas para construir”,
avisa Raimunda Gomes, a Doquinha da CTB.
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