sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

POR QUE TANTA PREOCUPAÇÃO COM AS MANIFESTAÇÕES DE JOVENS DA PERIFERIA NAS GRANDES CIDADES DO PAÍS.

Nós que estamos sempre em contato com os adolescentes, tanto da classe média alta, como também dos menos favorecidos pela sorte, ou seja aqueles que não possuem condições de frequentarem os lugares onde mais abastados podem frequentar. Isso acontece até mesmo em cidades pequenas, como em João Pinheiro, Paracatu, ou Brasilândia de Minas.

Nos grandes centros, onde os center shoppings assumiram o papel das praças de antigamente, os jovens de melhor poder aquisitivo que possuem condução própria, vão à noite para esses locais, onde frequentam as praças de alimentação. 

Entretanto, os menos afortunados, moram longe, não possuem condução própria, dependendo do transporte coletivo público para sua locomoção. Acontece que no Brasil, as autoridades não investem no transporte público de massa, fazendo com que esses jovens da periferia não tenham opções para o seu lazer. Se ficam no bairro, têm duas alternativas, irem para o barzinho, onde precisa de dinheiro para consumirem alguma coisa, ou vão para a pracinha, que nos últimos tempos virou ponto de encontro e usuários e vendedores de drogas. Outra alternativa seriam os bailes, em salões sem nenhum conforto, ou segurança, que também já estão sendo infestados por usuários e vendedores de drogas, além da própria bebida alcoólica que tem provocado vários acidentes, por brigas, ou outras manifestações violentas.

Então alguém bolou o chamado "rolezinho", encontros combinados através das redes sociais para acontecerem nas praças de alimentação dos shoppings. Mas esses jovens não têm dinheiro para gastarem e o objetivo de qualquer comércio é a venda e o lucro, afinal de contas os empresários investiram alto nesses estabelecimentos dentro dos shoppings.

Como esses jovens, em sua maioria, não têm cara de filhinhos de papai, são logo notados pelos seguranças e até seguidos por eles, por medo de agirem como marginais. Infelizmente, em nosso país, ser pobre e negro, já é motivo para ser rotulado de marginal. 

Mas por não terem experiência de vida, esses jovens agem de forma que chamam a atenção de todos e bota medo na "alta sociedade" que frequentam os shoppings, principalmente em finais de semana. Por essa inexperiência eles fazem algazarras, não se comportam adequadamente nesse tipo de lugar, mexem com pessoas que não conhecem e acabam chamando a atenção de todos.

Não vemos nenhuma problema os jovens frequentarem shoppings, desde que fossem orientados a se comportarem adequadamente, como os demais frequentadores. Não concordo com o que determinados intelectuais estão falando e escrevendo na mídia nacional. Todos somos brasileiros protegidos pela Constituição Federal, mas precisamos saber nossos limites, conhecer nossos direitos, mas também nossos deveres. Se esses jovens chegassem e se comportassem como os demais, ninguém iria querer tirá-los do local. Então o que precisa ser feito é educar esses jovens para que eles saibam se comportar de acordo com o local onde pretendem frequentar. Todos somos iguais perante a lei, mas também precisamos nos igualar em comportamento de acordo com o local onde queremos estar. Se estamos sendo inconvenientes onde estamos, devemos ser convidados a nos retirar para que o ambiente se mantenha ideal para todos.

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