domingo, 17 de março de 2019

UMA SEMANA EM BELÉM DO PARÁ NOS MOSTROU A IMPORTÂNCIA DO AÇAÍ PARA AQUELE POVO.

Nós do Sudeste não fazemos ideia do que representa o AÇAÍ para o povo do Pará. Estivemos em Belém por uma semana, usamos e abusamos do AÇAÍ puro, sem conservantes, sem adição de açúcar, ou outros ingredientes, que aqui no Sudeste é comum misturar, tanto para aumentar o peso, quanto para acrescer outros sabores.



O nativo paraense nasce e cresce sendo alimentado com o AÇAÍ,  que é nativo em toda a Amazônia, inclusive nos quintais em grandes cidades, como a capital paraense. Vimos como se processam os grãos para se conseguir aquela pasta homogenia, de cor característica, às vezes mais escura, mas nunca da cor de sangue, pois, segundo os nativos, essa cor indica um AÇAÍ  de baixa qualidade.

Hoje a Vigilância Sanitária do Estado do Pará fiscaliza todas as empresas que comercializam o produto no Estado, dando ao estabelecimento fiscalizado um selo de qualidade, que deve ser afixado logo na entrada do estabelecimento à vista do consumidor. Apesar disso ainda existem os clandestinos trabalhando fora da lei, cabendo ao consumidor essa vigilância para não sofrer as consequências, como ingerir um produto que possa trazer prejuízos à sua saúde.


Outra característica do povo do Pará é a devoção à Nossa Senhora de Nazaré. É comum encontrarmos mulheres com o nome Maria de Nazaré, ou simplesmente Nazaré. Em 12 de outubro é comemorado o Dia de Nossa Senhora de Nazaré e a cidade fica lotada de turistas, que vêm de todos os Estados do Brasil. Há uma procissão para homenagear a Santa, que reúne mais de dois milhões de fieis, muitos pagando promessas por graças alcançadas durante o ano. Nessa época os hotéis ficam lotados e os preços sobem assustadoramente.



Neste local foi construído um forte para proteger o território de invasões estrangeiras, logo na chegada dos portugueses. Em 1616 foram erguidas Igrejas e a cidade de Belém nasceu neste local, onde hoje funciona o Mercado-do-Ver-o-Peso, um dos pontos turísticos mais visitado em toda a cidade. Essas construções erguidas naquela época, eram feitas de pedras sobrepostas e a argamassa para amarração era feita de areia e gordura de baleia, que foi no futuro substituída pelo cimento. Aqui, além do mercado de ver o peso, ainda conta com outros pontos turísticos, como o Mangal das Garças, as Palafitas, as docas onde têm vários restaurantes de luxo, o transporte de passageiros para outras cidades através de barcos e o turismo feito em grandes embarcações pela orla da cidade e outras cidades da Grande Belém.

Um fato triste, é que em muitas cidades, inclusive Belém, ainda existe esgoto correndo a céu aberto, exalando mau cheiro. e, provavelmente provocando doenças. Outro problema, é o lixo que é colocado nas calçadas, ou nos canteiros de grandes avenidas para ser coletado pelos caminhões. Nenhuma casa, ou estabelecimento comercial possui lixeiras para acondicionamento dos sacos de lixo à espera do caminhão de coleta. Fica tudo na rua. Ainda bem que não têm gatos, ou cachorros de rua para espalhá-lo.




Aqui come-se muito peixe, porque é o alimento mais barato que vimos nessa cidade. Peixe de água doce, pescado à noite para ser vendido no dia seguinte.
Eles ainda reclamam que nessa época os preços sobem por causa da quaresma. 

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